(1). Algumas considerações sobre a importância da Investigação Educacional – para reflectir!
. “Os actores sociais, nomeadamente os políticos e administradores da educação, precisam de se interrogar se para resolver os problemas da educação basta o conhecimento do senso comum e o emergente da prática quotidiana, ou se o conhecimento científico também pode ser relevante, ainda que de valor delimitado, como acontece nos outros sectores da actividade social. Os investigadores, por sua vez, têm de demonstrar que a sua actividade é socialmente relevante, seja através dos problemas que elegem e das metodologias com que os analisam, seja graças a uma maior interacção com os actores da educação e as instituições onde se situam. Interacção que de modo algum pode ser a mera divulgação de resultados das suas investigações para aplicação de um receituário nas decisões políticas e na actuação pedagógica. Antes terá de passar pelo envolvimento de ambas as comunidades, a dos investigadores e a dos actores, cada uma à sua maneira, na definição do que constitui problema, na procura de compreensão aprofundada e alternativa do mesmo e na construção em situação de novas formas de agir. Claro que nem toda a investigação em educação precisa de se perspectivar deste modo; mas a investigação que apenas se preocupa com o aumento do conhecimento, dificilmente pode ser considerada socialmente relevante se não constituir retaguarda da que se centra nos problemas da acção educativa, o que pressupõe que esta investigação também exista” (Campos. B., 1995, Fonte: http://www.dgidc.min-edu.pt/inovbasic/biblioteca/cce07/index.htm).
. “Em termos de atitudes, é indispensável combater a arrogância de quem pensa que descobriu caminhos nunca dantes trilhados e que pode iniciá – los sem a ajuda de ninguém. Frequentemente este modo individualista de encarar o processo de investigação conduz a situações sem saída, pois quem se posiciona deste modo competitivo face à comunidade científica semeia desconfianças e atitudes da mesma natureza, que se revelam altamente ineficientes e ineficazes (…) A experiência tem demonstrado que a única competição desejável num processo de pesquisa é aquela que o investigador tem consigo mesmo, numa postura de recordista de alta competição. Adquirir mais conhecimentos ou desenvolver melhor as suas estratégias de apreensão do saber são, deste modo, desígnios mais interessantes e positivos que simplesmente querer fazer melhor que os outros. Esta atitude de recordista implica, antes de mais, uma curiosidade nunca satisfeita traduzida numa motivação sempre realimentada para aprender com os outros – comunidade académica, informadores qualificados e população – alvo da investigação – com as diversas fontes de informação e com a realidade em geral. Implica, por outro lado, uma postura de sábia humildade intelectual, corolário da curiosidade, que permite capturar informação pertinente em fontes menos habituais, como em certa literatura não legitimada pela comunidade científica ou em interlocutores não académicos. Permite, finalmente, a constituição de redes de cooperação no seio da comunidade científica e entre esta e outros interessados – pessoas e instituições – pelo maior aprofundamento do saber na área em questão” (Carmo. H., Ferreira. Manuela (1998), Metodologia da Investigação – Guia para Auto – aprendizagem, Lisboa: Universidade Aberta, pp. 35 e 36).
(2). Recursos da unidade curricular:
. Investigación cuantitativa y cualitativa
. Guide to the Design of Questionnaires
. Interviewing in qualitative research
. Guides to Good Statistical Practice
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