sábado, 31 de maio de 2008

(2). As etapas principais do processo de pesquisa:

sherlock holmes1. Como se desenrola o processo de investigação? Que perfil deve ter o investigador? Quais as etapas que devemos percorrer? A que dados recorrer? Que técnicas utilizar? É possível chegar a conclusões válidas? O que fazer com os resultados obtidos?

Com base nas questões acima referidas, a minha equipa (de trabalho) encetou diversas leituras individuais, resultantes de uma breve pesquisa (atendendo ao tempo disponível para a realização desta tarefa), em fontes diversificadas e partindo da análise de um documento de “suporte” à presente actividade disponibilizado pelas docentes da unidade curricular, professoras Luísa Aires e Alda Pereira, elaborou, conjuntamente, o seguinte guião alusivo às fases e etapas dum projecto de investigação – tendo este sido baseado numa investigação qualitativa:
Proposta de Guião

1. Elaboração de um pré – projecto de investigação tendo como base a identificação prévia das áreas de pesquisa a desenvolver recorrendo à análise / exploração de trabalhos de pesquisa existentes a par da teoria em vigor.

. Pré – Projecto:

. Título (mesmo que este possa vir a ser alterado);

. Objectivo da investigação;

. Problema de investigação;

. Justificação do estudo;

. Limitações do estudo;

. Questões ou hipóteses de investigação;

. Definição de termos (palavras – chave do estudo a realizar);

. Revisão da literatura.

2. Procedimentos a ter em conta para a elaboração do projecto de investigação:

. Apresentação do plano de investigação;

. Indicação do processo de amostragem (sua justificação);

. Instrumento de pesquisa a utilizar;

. Actividade a desenvolver (descrição pormenorizada de todas as etapas / fases da investigação);

. Validade (de que forma será levada a cabo a validade interna do estudo);

. Análise de dados;

. Calendarização;

. Referências bibliográficas.

3. Projecto de Investigação:

3.1 – Planeamento:

. Formulação do Problema que dá origem ao estudo a realizar;

. Identificação dos objectivos (sua relevância e limitações);

. Formulação da pergunta inicial: observar o quê?

. Formulação de questões e das intenções / hipóteses de investigação (resultantes da pergunta de partida) tendo em vista a clarificação do objecto de estudo e que serão a referência para a posterior definição dos rumos da investigação;

. Revisão da literatura sobre o assunto;

. Escolha do modo de abordagem de recolha e análise de dados (paradigma ou método de estudo - quantitativo ou qualitativo);

. Elaboração de um plano de investigação:

* Estratégias de recolha de informação que serão orientadas por perguntas e hipóteses tendo, sempre, em atenção o inesperado;

* Definição do objectivo da pesquisa;

* Definição clara da meta ou etapas a alcançar pelo investigador: estudos exploratórios (fazem o reconhecimento de uma determinada realidade); estudos sociográficos ou descritivos e estudos verificadores de hipóteses causais (partem das hipóteses para a sua verificação);

. Selecção de técnicas de investigação;

. Selecção e / ou construção de instrumentos de pesquisa;

. Identificação e articulação dos recursos necessários à investigação (exequibilidade):

* Apoio financeiro;

* Apoio logístico;

* Apoio documental;

* Orientação científica.

3.2 - Obtenção de acesso ao campo de estudo.

3.3 – Elaboração das grelhas de análise dos dados.

3.4 - Análise do campo.

3.5 - Recolha de dados:

. Observação;

. Entrevista;

. Fotografia;

. Documentos / estatísticas oficiais;

.

3.6 - Elaboração das notas de campo.

3.7 - Análise dos dados recolhidos:

. Interpretação dos dados tendo como base os estudos teóricos.

3.8 - Elaboração das conclusões.

3.9 – Divulgação dos resultados.

sherlock holmes2. Notas:
O guião acima apresentado baseou – se, genericamente, nos propósitos inerentes à investigação qualitativa, na medida em que esta é, actualmente, um dos tipos de investigação mais utilizados na área das Ciências da Educação.
Este paradigma estrutura – se, de acordo com Bogdan e Biklen (1994), em torno de cinco aspectos fundamentais: 1) a fonte directa de dados é o ambiente natural, sendo o investigador o principal instrumento; 2) o carácter descritivo; 3) os investigadores interessam-se mais pelo processo do que pelo produto; 4) a análise de dados é feita de forma indutiva; 5) é dada uma vital importância ao modo como aos diferentes actores envolvidos interpretam os significados.
O paradigma qualitativo prevê, no decorrer da investigação, a contextualidade e a subjectividade de atitudes e respostas que são, indubitavelmente, inerentes à condição humana tornando – se, desta forma, num dos melhores modelos de investigação a adoptar quando o objecto de estudo são as pessoas, as suas relações e os seus comportamentos.
Na investigação qualitativa a fonte directa de dados é o ambiente natural, constituindo o investigador o instrumento principal(Bogdan e Biklen, Investigação Qualitativa em Educação, 1994, Porto Editora, p. 47).
Os investigadores qualitativos tentam analisar os dados em toda a sua riqueza, respeitando, tanto quanto o possível, a forma como estes foram registados ou transcritos(Bogdan e Biklen, Investigação Qualitativa em Educação, 1994, Porto Editora, p. 48); tendem a analisar os seus dados de forma indutiva. Não recolhem dados ou provas com o objectivo de confirmar ou infirmar hipóteses construídas previamente; ao invés disso, as abstracções são construídas à medida que os dados particulares que foram recolhidos se vão agrupando(Bogdan e Biklen, Investigação Qualitativa em Educação, 1994, Porto Editora, p. 50).
sherlock holmes3. Dissertação que serviu de ponto de partida para o trabalho realizado:

. "As TIC no Jardim-de-infância: Contributos do Blogue para a Emergência da Leitura e da Escrita":

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