“A revolução positiva consiste essencialmente em substituir sempre a inacessível
determinação das causas propriamente ditas pela simples investigação das leis”
(Auguste Comte)
. “O positivismo lógico considera que apenas a análise lógica pode provar a coerência e a verdade de um enunciado (...) A análise lógica surge efectivamente como um microscópio (Frege) destinado a examinar o sentido e a “fiabilidade” dos enunciados” (Julia. D., Dicionário Temático Larousse – Filosofia (2002), Círculo de Leitores, p. 207).
. Recorre à utilização de métodos quantitativos;
. Tem por base um positivismo lógico, procurando as causas para os fenómenos sociais – razão pela qual não presta “grande” atenção aos aspectos subjectivos dos indivíduos;
. Utilização de uma mediação rigorosa e controlada;
. Caracteriza – se pela sua objectividade;
. Encontrando – se “à margem dos dados” perspectiva – se numa lógica “a partir de fora”;
. Orienta – se para a comprovação revestindo – se, então, de um carácter eminentemente confirmatório, reducionista, inferencial e hipotético – dedutivo;
. Focado nos resultados;
. Fiável, uma vez que se baseia em dados “sólidos” e repetíveis;
. Generalizável – permite a realização de estudos de casos múltiplos;
. Particularista;
. Assume uma realidade estável.
. Este tipo de métodos encontra – se, directamente, relacionado com a investigação experimental ou quasi – experimental pressupondo, por esta razão, a consideração dos seguintes parâmetros:
. Observação de fenómenos;
. Formulação de hipóteses explicativas (dos fenómenos referidos anteriormente);
. Controlo de variáveis;
. Selecção aleatória dos sujeitos de investigação (amostragem);
. Verificação ou rejeição das hipóteses mediante uma recolha de dados rigorosa;
. Análise estatística dos dados;
. Utilização de modelos matemáticos de forma a testar hipóteses.
. Podemos afirmar que os objectivos primordiais da investigação quantitativa se prendem com a descoberta de relações entre variáveis e a elaboração de descrições, través do recurso ao tratamento estatístico de dados, visando testar teorias.
. Pelas razões acima mencionadas, facilmente, depreendemos algumas das limitações da utilização dos métodos quantitativos quando o objecto de estudo se prenda com as Ciências Sociais, nomeadamente:
. A natureza dos fenómenos estudados, encontrando – se esta questão, directamente, relacionada com toda a complexidade que reveste a própria natureza humana;
. O estímulo que dará, “obrigatoriamente”, origem a diferentes respostas tendo em atenção a (s) singularidade (s) que é / são inerente (s) a cada sujeito;
. O “excessivo” número de variáveis que torna, desde logo, o seu controlo praticamente impossível;
. A subjectividade, por parte do investigador, “condicionando”, desta forma a validade e fiabilidade dos instrumentos de mediação.
. Nota:
. Numa abordagem quantitativa, as elaborações das propostas de investigação são, regra geral:
. Extensas – “obrigam” a uma longa revisão da literatura;
. Detalhadas e específicas nos objectivos – são escritas antes da recolha de dados;
. Detalhadas e especificas nos procedimentos – procede – se a uma especificação de hipóteses.
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